Pesquisadores da Supesp visitam bases do Proteger em Fortaleza

15 de março de 2022 - 15:06 # # # #

A Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), vinculada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), realizou visitas às bases do Programa Estadual de Proteção Territorial e Gestão de Risco (Proteger), dos bairros Jangurussu, Passaré e Prefeito José Walter, em Fortaleza, como parte integrante da programação que visa realizar a avaliação da iniciativa. A ação foi comandada pelo superintendente da Supesp, Dr. Helano Matos, e teve a presença da diretora de Pesquisa e Avaliação de Políticas de Segurança Pública (Dipas/Supesp), Manuela Cândido, e da assessora da Dipas/Supesp, Geovana Santiago.

As visitas ocorrem desde o ano passado e tem como objetivo fazer análise e pesquisa, a fim de entender as necessidades e planejar melhorias na execução do Proteger, em todas as 35 bases instaladas em Fortaleza, Maracanaú, Caucaia e Maranguape.

O superintendente Helano Matos aproveitou a ocasião para entregar o Manual do Proteger, um documento lançado em fevereiro de 2022, que traz um resumo executivo, que apresenta, de modo sucinto, o programa e o estudo científico que o fundamenta, feito por meio de pesquisa que utilizou diversos métodos em geociências para indicar as Áreas Críticas de Interesse da Segurança Pública (Acisp).

“O Manual do Proteger traz desde a criação do programa até os dias atuais. Cada base que recebe em mãos terá condições de entender o porquê da criação dessa política de prevenção à violência e quais são as finalidades. Isso auxiliará diretamente o agente de segurança, que está no dia a dia, a executar da melhor forma as atividades policiais”, declarou Helano Matos.

Pesquisa e avaliação

A equipe da Dipas/Supesp traçou um estudo científico para identificar os pontos positivos e o que pode ser incrementado para o fortalecimento do Proteger, enquanto programa de polícia comunitária, que tem como objetivo a aproximação com os habitantes da região.“Estamos fazendo um levantamento preliminar, levando em consideração a estrutura física das bases, de recursos humanos e como a comunidade enxerga o trabalho do Proteger. Além disso, fazer uma análise de metodologia operacional para saber se as bases seguem o padrão da filosofia implementada pelo programa, bem como propor sugestões e soluções”, afirmou Manuela Cândido, diretora da Dipas/Supesp.

O Proteger iniciou em 2017, por meio de um projeto-piloto no bairro Passaré. Em agosto de 2021 foi oficializado como política pública de Estado. Desde a criação, os resultados têm sido positivos. O trabalho de prevenção de crimes desenvolvidos como parte do Programa Proteger, em Fortaleza, resultou na redução média de 33,7% no número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e de 15,4% nos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP), em 2021, se comparado ao ano de 2020.

As estatísticas compiladas pela Supesp foram obtidas a partir de ocorrências registradas em áreas localizadas a até 500 metros das bases do programa. Enquanto em 2020 aconteceram 184 CVLIs nas regiões próximas às 35 bases, em 2021, o número de vítimas reduziu para 122. Já os CVPs, diminuíram de 1.257, em 2020, para 1.064, no ano passado.

Auxílio nas ferramentas tecnológicas

O superintendente da Supesp, Helano Matos, e a diretora da Dipas/Supesp, Manuela Cândido, aproveitaram a visita à base do Proteger no bairro Jangurussu (base Luiz Gonzaga) para conversar com o capitão da Polícia Militar, Marcelo Costa, que comandava a operação de fiscalização do cumprimento de medidas protetivas para mulheres.
As Forças de Segurança, além de utilizarem as bases do Proteger como ponto de apoio para ações policiais, fazem uso das ferramentas tecnológicas. Com a presença da equipe da Supesp, foi possível analisar as necessidades de melhorias com objetivo de otimizar a operação.

“O capitão foi repassando para a gente a forma que deixaria a operação mais eficiente. Por exemplo, incrementar as ferramentas com mais variáveis de consulta, mais opções de visualização de videomonitoramento e ampliar o acesso ao posicionamento de viaturas e das manchas de CVLIs. Fizemos anotações e vamos repassar pra equipe técnica da SSPDS e da Universidade Federal do Ceará”, afirmou Manuela.